80% do PIB de Piedade/SP vem da agricultura

14/12/2020

Fonte: Cruzeiro do Sul

Os caminhões que saem de Piedade cheios de hortaliças, frutas e legumes abastecem a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), da capital paulista, todos os dias. No ano passado, de todo o volume de mercadorias que chegou no lugar, 6,6% era de Piedade, o que coloca o município como o maior fornecedor da Ceagesp de São Paulo. É a pujança de sua agricultura que a cidade comemora junto com o aniversário de 175 anos, que se completam hoje. Vencer o desafio de melhorar as rodovias que passam na cidade - e por onde se escoam esses alimentos, que compõem cerca de 80% do Produto Interno Bruno (PIB) de Piedade - é a meta para os próximos anos.
Na última contagem feita pela Diretoria de Agricultura de Piedade, cerca de 160 produtos cultivados na zona rural eram enviados à Ceagesp paulistana. Antes conhecida como capital brasileira da cebola, Piedade hoje se consagra por outras diferentes culturas. Por exemplo, a cidade é a maior produtora de alcachofra do país. Dali também sai grande parte do caqui fuyu produzido, contabilizados em três mil toneladas ao ano. Aliás, é o caqui que dá nome ao principal evento de celebração ao aniversário da cidade, a Festa do Kaki Fuyu.
A família Hamaguti é uma das que produzem essa fruta para a Ceagesp e anualmente para a festa. "A gente previu 300 caixas de caqui para a festa. Para a Ceagesp, são 600 por semana", calcula Cleusa Oliveira Hamaguti. Após o cultivo e colheita do caqui, ela, a família e mais 20 funcionários se voltam para o morango. No Estado de São Paulo, Piedade também é a cidade que mais produz morango. São sete milhões de pés plantados no município.
Apesar das três frutas, é uma hortaliça que domina a maior parte do território. "Em área plantada, o principal é o alface; e, em volume enviado para a Ceagesp também", conta Osmar Borzacchinio, diretor de Agricultura de Piedade. Ao todo, mais de 20 mi toneladas dessa hortaliça sai da cidade com destino à capital paulista ao ano. O produtor Laércio Lemes da Silva é um dos que cultivam alface. Há 50 anos no plantio, ele se lembra do tempo em que Piedade era a terra só da cebola. "Cebola era o forte até 1980, quando a Argentina entrou no mercado brasileiro e ficou difícil para trabalhar", explica.
O que facilita o cultivo dessas plantações - e também do gengibre, cebola, batata doce, inhame, etc - é a variedade do clima em diferentes partes de Piedade. Assim, diz o diretor de agricultura, de Sorocaba a Piedade, o clima é seco e quente, o que facilita algumas culturas. Indo para Tapiraí e Ibiúna, outros climas favorecem o plantio de produtos diferentes. "São microclimas diversificados, que possibilita que a gente produza o ano inteiro", acrescenta Osmar.
Estradas atrapalham
O que atrapalha Piedade, entretanto, é a dificuldade para escoar esses produtos. "Nossa logística é muito fraca em termos de transporte", lamenta o diretor de agricultura. Duas rodovias cortam Piedade: a SP-250, Bunjiro Nakao; e a SP-79, com diferentes denominações. "Essas rodovias são simples e mal-conservadas, além de que foram feitas quando os caminhões eram menores e corriam menos", diz. Assim, o custo do frete de Piedade a São Paulo para uma caixa de morango acaba sendo o mesmo para o transporte de abobrinha oriunda de Araçatuba.
Melhorar as duas estradas é essencial para a cidade escoar as mercadorias que produz e que vão para São Paulo e outros estados diariamente. "Estamos muito perto de São Paulo, mas corre o risco de sair um produto muito bem colhido aqui e chegar lá regular", reclama.

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SINTRARUR - SOROCABA
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