Alertas de desmatamento aumentam 31% em Mato Grosso em 12 meses

20/08/2020

Número equivale a uma área maior que o município de São Paulo de mata derrubada e representa 20% do desmatamento registrado em toda a Amazônia no país.

Fonte: Marcela Caetano, Valor

A área com alertas de desmatamento da floresta amazônica em Mato Grosso cresceu 31% entre agosto de 2019 e julho de 2020, para 1.880 quilômetros quadrados. No mesmo período entre 2018 e 2019, foram registrados alertas em 1.436 quilômetros quadrados. O Estado está em segundo lugar entre os mais desmatam o bioma em território brasileiro, atrás apenas do Pará. 

Os dados foram compilados pelo novo painel interativo do Instituto Centro de Vida (ICV) lançado para monitoramento do desmatamento da Amazônia e do Cerrado em Mato Grosso a partir do Deter, sistema de alertas de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Conforme o ICV, o número equivale a uma área maior que o município de São Paulo de mata derrubada e representa 20% do desmatamento registrado em toda a Amazônia no país. O índice já havia crescido 26% no ano passado em comparação ao período de 2017 a 2018.

O Cerrado em Mato Grosso teve 567 quilômetros quadrados de áreas com alertas no mesmo período, redução de 47% em relação ao levantamento anterior, quando registrou 1.076 quilômetros quadrados.

Na Amazônia mato-grossense, os imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) concentram a maior parte dos alertas (58%), seguidos das áreas não cadastradas (29%) e dos assentamentos rurais (10%).

O painel também mostra a incidência dos alertas em áreas protegidas, que tiveram 51 quilômetros quadrados de área desmatada no período, dos quais 44 quilômetros quadrados ocorreram em Terras Indígenas (TIs).

Os alertas de desmatamento em Unidades de Conservação (UCs) de proteção integral e de domínio público aumentaram 423% d em comparação ao período de 2018 a 2019, quando foi contabilizado 1,3 quilômetro quadrado . A mais impactada foi a Estação Ecológica do Rio Roosevelt, que teve 4,3 quilômetros quadrados de área desmatada.

No Cerrado, os alertas também se concentram em imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural (61%), seguidos das áreas não cadastradas (21%) e dos assentamentos rurais (11%).

"Os dados apontam que a maior parte do desmatamento no Estado acontece em imóveis no Cadastro Ambiental Rural, ou seja, é possível verificar a origem e a legalidade. Isso é importante e deve pautar políticas de fiscalização e responsabilização de infrações", disse Ana Paula Valdiones, coordenadora do Programa de Transparência Ambiental do ICV, em nota.

As áreas protegidas responderam por 7% da área desmatada no bioma em Mato Grosso, com cerca de 40 quilômetros quadrados. Com 19 quilômetros quadrados de novas áreas abertas, a Terra Indígena Pareci foi a mais afetada e representou quase metade de todo o desmatamento detectado em Terras Indígenas (TIs) no Cerrado mato-grossense.

O ICV também lançou o Monitor de Queimadas para acompanhar os focos de calor no Estado durante o período proibitivo de queimadas, que termina no dia 30 de setembro. Em sua última atualização, o painel mostrou que, apenas nos dez primeiros dias de agosto, Mato Grosso superou os números de focos de calor registrados em julho inteiro.

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