Tratoraço contra o aumento dos impostos de Doria ganha rápida adesão no interior de S. Paulo

06/01/2021

Fonte: Notícias Agrícolas

Em apenas três dias de organização a adesão se alastrou num movimento impressionante, organizado por lideranças do interior paulista --- que se uniram rapidamente através das mídias sociais. As manifestações aconteceram dia 7 (quinta-feira) preferencialmente próximas aos supermercados, para alertar a sociedade que "quem vai pagar a conta é o povo". Os produtores de praticamente todas as cidades agrícolas do Estado estão aderindo em massa ao tratoraço.

O aumento dos impostos (com o fim da isenção de 4,14% sobre o ICMS dos produtos agrícolas) incide sobre a cesta básica, e, em cascata, atingirá a economia paulista como um todo. A parcela da população mais atingida pelos aumentos será a de menor renda, onde o item alimentação tem enorme peso em seus rendimentos.

O decreto do governador de S. Paulo, João Dória, já foi seguido por outros aumentos, atingindo até mesmo a importação de remédios contra o tratamento de câncer.

São inúmeras atividades atingidas pelo decreto de Doria (veja abaixo). A assembleia legislativa aprovou o aumento, que passou a vigorar desde o dia 1.o de janeiro, o que causou a revolta o interior de S. Paulo em toda a cadeia produtiva.. O objetivo do tratoraço é reverter a decisão.

O tratoraço do dia 7 tentou fazer com que o governador passe a negociar com a classe produtora, que pede a revogação do decreto.

O comércio também se levanta contra os impostos que atingem vários segmentos econômicos (incluindo até a comercialização de carros usados), e provoca aumento de impostos sobre a comercialização de máquinas e implementos agrícolas.

De modo geral, o decreto de Dória chega, por cascata, a aumentos da ordem de 25 por cento, a partir do fim da isenção do ICMS sobre produtos agrícolas (cesta básica).

Veja abaixo a manifestação das lideranças do tratoraço e o posicionamento de outras entidades com representatividade econômica em todo o Estado e no País.

A irritação dos produtores rurais é grande, mas os organizadores garantem a manifestação será pacifica. O chamamento para adesão ao tratoraço continua.

Manifesto da ABIEC e ABPA contra o aumento dos impostos no Estado de S. Paulo

Em plena crise, o Governo do Estado de São Paulo planeja impor AUMENTO DE IMPOSTOS para os paulistas!

Com a aprovação da Lei 17.293, em outubro deste ano, e a edição dos Decretos 65.253 a 65.255, o governo vai aumentar a cobrança de ICMS. Isso vai impactar toda a sociedade paulista, em um momento tão desafiador, marcado por desemprego, pandemia, fim do auxílio emergencial, inflação em alta etc. Mas o governo paulista está irredutível em sua decisão, que vai transferir para a população e para o setor produtivo o rombo nas contas públicas que o próprio governo causou.

Veja exemplos do quanto os preços de alguns itens podem subir para o consumidor:

o Leite longa vida - 8,4%

o Carnes - 8,9%

o Medicamentos para Aids e Câncer na rede privada - 14%

o Cadeira de rodas, próteses e equipamentos para pessoas com deficiência - 5%

o Têxteis, couros e calçados - 7,3%

o Energia elétrica para estabelecimento rural - 13,6%

Vale destacar que esses aumentos podem ser muito piores, porque as previsões acima não consideram a alta da inflação, que em 2020 vai fechar acima de 4%.

Os principais prejudicados serão as famílias mais pobres, porque o preço da cesta básica vai subir, assim como os pequenos empresários, optantes pelo Simples, que verão seus custos se elevarem muito. Grandes indústrias também podem optar por transferir seus investimentos para outros estados, o que vai prejudicar a geração de emprego em São Paulo.

O governo alega que precisa cobrir um rombo em seu orçamento do ano que vem. Porém, a arrecadação neste ano foi superior à do ano passado, ou seja, não é por falta de pagamento de impostos que o rombo existe.

Portanto, não é justo transferir o rombo para a sociedade!

Governador João Doria, MAIS IMPOSTO NÃO!


Todos pagarão, até os caminhoneiros, diz o advogado e produtor Roberto Ticoulat

Toda a cadeia produtiva vai ser prejudicada pelo aumento dos impostos. Nosso trabalho é remunerado por nossos consumidores. Nossos consumidores hoje já enfrentam um grave problema de renda e emprego, com muitos custos subindo acima da inflação. Nos só conseguimos produzir se nosso consumidor tiver renda para remunerar adequadamente os elos da cadeia.

Os aumentos propostos afetam os custos de toda a cadeia produtiva e temos como consequência as medidas adotadas pelo estado determinando o que abre e fecha, sem o mínimo de entendimento sobre como combater o vírus. Fechamos os pequenos negócios mas deixamos os supermercados abertos. Só isto já é incentivo ao aumento de aglomeração.

Se a renda cai, o desemprego aumenta e o governo combate sua perda de receita com aumentos de impostos, mesmo tendo recebido todo o auxílio federal, está claro que ha um erro enorme.

Ou seja, não somos só nós que iremos pagar este aumento de imposto mas, sim, toda a cadeia produtiva. E isto incluí os caminhoneiros seja na nossa formação de preços como também nos aumentos dos custos dos insumos a esta classe.


SRB convoca produtores para tratoraço no dia 7/1

A presidente da Sociedade Rural Brasileira, Teresa Vendramini, já está no interior de São Paulo para participar dos protestos da próxima quinta-feira, dia 7 de janeiro. A manifestação é contra a decisão do governador João Doria de aumentar o ICMS dos insumos agropecuários e de outros produtos, o que deve provocar alta no preço dos alimentos para toda a população. Mais de 150 municípios de diversas regiões paulistas já confirmaram participação no tratoraço.

"Como produtora rural que sou, não poderia ficar de fora deste movimento", destacou Vendramini. A dirigente convoca os produtores para que participem do protesto que tem como objetivo sensibilizar o governo paulista sobre os prejuízos que o aumento do ICMS pode causar não apenas para a agropecuária mas para toda a sociedade.

Além da presidente, outros diretores da SRB também devem acompanhar as manifestações em diferentes cidades. Diversas entidades do agronegócio tem se manifestado contra o aumento do ICMS em São Paulo que deve provocar, por exemplo, alta de 8,9% no preço da carne ao consumidor e de 8,4% no valor do leite longa vida, já que a alta nos impostos atinge outros itens como energia elétrica e maquinário. O diretor da SRB, Azael Pizzolato Neto, lembrou que, em alguns casos, o aumento na carga tributária deve chegar a 30%. "O agro não pode pagar a conta da pandemia", afirma o dirigente.

AGRICULTURA FOI, É E SEMPRE SERÁ A SEMENTE QUE MANTERÁ VIVO O PROGRESSO NO BRASIL...  VAMOS FAZER ESTA SEMENTE GERMINAR JUNTOS!!  
SINTRARUR - SOROCABA
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